Ora pois pois, o blog andou pouco ativo. Um tanto às moscas. Andei andando ocupada. Pouco paciente. Mas cá estou. Tentando correr atrás do tempo e falar de duas montagens que chamaram a minha atenção nesse primeiro semestre de 2007, mas também para falar do acontecimento teatral que é a entrega do Prêmio Braskem de Teatro.
Serei breve. O assunto já passou da hora.
Na verdade, isso aqui consistirá numa nota autoral e que apenas deseja pontuar o particular momento político-cultural que vive a Bahia. Num ano de poucas produções de orçamento mais alto e sem os nomes consagrados do teatro baiano em cena, abre-se o espaço para aqueles que estão batalhando, mas sem as condições ideais de produção e para os muitos que começam a colocar seus tijoloes e pedras na cena teatral soteropolitana.
Caras jovens, peças sem patrocínio, diretores pouco conhecidos, montagens didáticas tiveram seu espaço e respectivos holofotes na festa. Discussos inflamados. Ansiedade de mudança na história desse teatro, que não, não é fácil nem para os sem, nem para os com prestígio e recursos financeiros.
Que não se engane. Novo governo. Nova Secretaria de Cultura. A premiação do Braskem expressa um novo tempo, mas também uma premiação que busca uma consonância com a nova atmosfera política.
Que para 2008, mais tenham condição de fazer teatro. Mais possam viver dignamente de sua arte. Mais público possa assistir e saber o que se passa. E que a premiação possa ser não só política, mas cada vez mais reflexão sobre a arte e a qualidade da produção artística. Espaço no palco para todos.
PS: destaque para o espetáculo da premiação, assinado por Guerreiro. Belo trabalho, que conseguiu com ritmo e beleza mostrar as várias faces da cena cultural baiana.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário