No tal Cidades Invisíveis, sai alvoraçada querendo ver os meninos de máscaras, roupas de chita, sandália de couro. Rodei. Rodei. Desci barranco. Subi escada. Tropecei. Entrei num canto. Saí noutro até que achei numa sala, meio clara, meio escura. Lá estavam eles.
Os meninos da Finos Trapos, cuja peça vi trechinhos. Bem pouquinhos, porque era tanta coisa e tudo eu queria ver. Mas do pouco que vi, vi. Vi e senti.
Primeiro alegria. Lembro deles no primeiro semestre. Todos juntos, com aquele sotaque de gente de conquista. Gente de terra de nome bonito: Vitória da Conquista. Eta, redundância! E me emocionei. Porque meus amigos conquistenses conquistaram.
Ah, faça-me o favor, não vou ser nada distanciada. Não quero, nem consigo.
Se assim almejasse, faria o mesmo, escrevendo em jornal e na terceira pessoa.
Falo dessa galera que conheço. Que rala muito. Que mora na residência, com mofo, barata e comida lá distante, na Vitória. A que não é da Conquista.
Essa galera se despencou pra cá pra fazer teatro e faz. Na raça. Com sensibilidade e acho isso por demais bonito.
O texto era simples. Simples como tem que ser. Com a poesia do que é simples. Com o gesto de quem também é simples. Mas tem brilho no olho. Brilho de quem se entrega pra fazer teatro.
Não sei de técnica. Não parei pra procurar. Sei de gente que tava pulsando. Cantando com colorido e com alegria. E isso me fez tanto sorrir, que me deixou com os olhos rasos.
Amigos, amigos, negócios de fora. Os trapos deles são muitos finos. E que vocês sempre sejam de finos trapos.
Ah. Linda maquiagem, lindo figurino. Tinha que falar de técnica. É isso?
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Um comentário:
Adorei o blog, até por que também sou uma atriz, amadora sim, mais muito dedicada... hohohoh. Parabéns.
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